Para montar uma equipe de alto desempenho, e ainda reduzir a rotatividade, um bom processo seletivo é essencial. Conseguir identificar se o candidato realmente dá ‘match’ com a vaga exige algumas técnicas, e Ana Carolina Okubo, idealizadora do Pracarreiras fala quais são elas na quinta edição do RH Summit

“Eu acredito que não existem profissionais ruins, existam profissionais que não entendam as estratégias certas para se posicionar no mercado de trabalho e por isso perdem oportunidades”, inicia a estrategista. 

Questionada sobre o que entende sobre a relação entre empregador e empregado, a executiva responde:

“O que eu vejo é um verdadeiro abismo entre profissionais que querem se recolocar no mercado de trabalho, que tem talento e muito a apresentar para as empresas, e de um outro lado o país como um todo que tem muita dificuldade de encontrar e reter talentos. 

O Brasil é um dos países que mais tem escassez de talentos e a gente vê que esse abismo tem ficado cada vez maior, eles não conseguem se encontrar, seja por falta de estratégia dos profissionais, de mostrarem um conteúdo que não seja genérico, de se posicionarem no mercado de trabalho de uma maneira mais assertiva. Seja por parte das empresas, que não conseguem ser assertivas e específicas quando elas estão buscando um candidato.”

“O que eu vejo, com essa mudança, é que isso faz com que o profissional tenha dois comportamentos: alguns se sentem entusiasmados com as mudanças do mercado de trabalho e outros ficam cada vez mais marginalizados das oportunidades. Quando a gente vai para um cenário, que o RH tem adotado cada vez mais as tecnologias e os robôs dos processos seletivos, esse abismo tende a ficar cada vez maior”, completa. 

A tecnologia como aliada nos processos seletivos

Ana Carolina também afirma como é necessário saber lidar com a tecnologia e a humanização nos processos seletivos: “É preciso aliar tecnologia com humanização nos processos seletivos. Então, juntar um conteúdo mais direto, mais assertivo, mais humano e usar a tecnologia como um apoio para encontrar o candidato ideal. 

O último ponto, que eu vejo também, em relação a um processo seletivo, é que nesse momento de instabilidade, o RH tem o papel fundamental de identificar nos candidatos quem é o candidato ideal e conseguir filtrar o desespero, muito comum agora nos processos seletivos.” 

Conseguir entender se esse candidato está desesperado por um emprego ou se ele realmente dá um match perfeito para essa oportunidade é essencial”.

A executiva também dá dicas de como é possível empresas identificarem candidatos desesperados por qualquer vaga, e candidatos diminuírem essa ansiedade também.

“Temos que pensar do lado dos profissionais, é que existe um desespero financeiro em muitos casos em que a gente vai sim procurar um trabalho, uma recolocação para sim, procurar um alívio financeiro para nossa vida. E isso está tudo bem. 

Agora, o que eu ensino para os mentorados e para quem me segue é o seguinte: nós precisamos ter foco. Fizeram uma pesquisa com 500 líderes de mercado, de RH e eles disseram que uma das principais conclusões é que o profissional brasileiro não tem foco. E aí a brincadeira que eu faço é: quem quer tudo, na verdade não quer nada!”

Dicas para um processo seletivo eficaz

Mas então, como mudar essa situação? Ana Carolina dá dicas para um processo seletivo eficaz.

“Nós precisamos ser muito focados, no conteúdo do nosso currículo, nos nossos objetivos profissionais, no discurso de apresentação pessoal e nas respostas da entrevista. Isso significa na prática que vamos afunilar nossas oportunidades, mas vai se tornar mais relevante para o mercado de trabalho. 

Do lado das empresas, existe um trabalho maior de identificar quando os profissionais estão mais emocionalmente envolvidos com essa vaga. Quando eles respondem perguntas mais genéricas, perguntas que conseguem demonstrar a falta de foco. 

Então, estruturar essa conversa e criar um canal mais humano, uma conversa mais próxima com o candidato para jogar a real: ‘é isso que eu tenho, é isso que você sonha?’ 

Se essa conversa se tornar mais natural, mais direta, mais informal, vai fazer com que os dois lados descubram onde é que está o match perfeito.”


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